segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mecânica dos corações partidos

O oscar l. continuava sem saber o propósito de ali estar e nem sequer especulava como tinha ido ali parar, junto à praia não havia nada que se assemelhasse a uma viatura, teria ido a pé? Apesar de na sua adolescência e juventude fazer o caminho entre a sua casa e a praia a pé ou a correr, estes tempos já lá vão. O oscar l. então lembrou-se desses tempos, em que tinha um grupo grande de amigos e em que juntos faziam mil e uma tropelias. Onde será que estão eles? A grande maioria ele já perdeu de vista à anos, outros ainda se cruza quando calha mas já não é a mesma coisa, cada um seguiu uma vida diferente e como era diferente a vida do oscar l. das vidas dos seus amigos de adolecência.
" O que fazes na vida" perguntou o pequeno construtor de castelos de areia.
- Eu arranjo aquilo que está estrago.
- Eu não te perguntei qual era o teu trabalho, perguntei-te o que fazes na vida. Consegues arranjar um coração partido?
- Só se for de metal! Arranjo máquinas e o coração não é uma máquina para reparar.
- Enganas-te! O coração é uma máquina, é nele que se fazem sonhos, é nele que sentes a felicidade ou a infelicidade, ele é o responsável por te lembrares de todos os momentos marcantes desta tua história no mundo!
- Eu não acredito nessas coisas... Aliás se acreditasse nisso já teria reparado o meu próprio coração partido e o de outras pessoas.
- Mas porque é que não tentas?
- Porque não consigo... Existem coisas que não estão ao alcance de todos. Por isso procuras arduamente, até encontrares aquilo que é teu.
- Mas ainda não me respondeste... O que fazes na vida?

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