quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Eu hei-de amar um calhau!!!!

Os dias correm... Devagar e depressa demais, o tempo não chega para o que se quer e todos os dias passam e deixa para trás a sensação que nada se fez, que foi mais um dia desperdiçado. Restam apenas páginas, memórias de outros que avivam a minha própria memória, imaginação de outros que levam a minha mente a vaguear pelo tempo e pelo o espaço e é então que chega, a saudade, saudade daqueles que partiram, aqueles que calaram, aqueles que já fazem parte de uma história, tão rica e tão pobre que é a vida de alguém. Lembro-me... E é ao mesmo tempo benção e maldição...
Hoje fui em busca de inspiração... E muitos livros chamaram-me... Acabei a olhar para dois, ambos de António Lobo Antunes, "Eu hei-de amar uma pedra" e "tratado das paixões da alma", decidi-me pelo "tratado das paixões da alma", porquê? Nem eu sei bem... Procuro saber o que amo, o que quero, o que sinto, "Eu hei-de amar uma pedra" parece-me (não faço ideia o que qualquer um dos dois trata) que teria que deixar de sentir o que sinto agora, e não estou preparado para isso, por muito que queira deixar de me sentir como sinto, prefiro compreender o que sinto, parece-me que deixar de sentir o que sinto soa-me a fuga e a fuga não é solução, quero antes compreender o que me faz sentir assim, prefiro saber que paixões da alma me afectam, que me apertam, que fazem doer. Amar uma pedra? Nada me parece mais sereno que isso... Melhor só mesmo amar um calhau porque um calhau encontra-se em qualquer parte e isto de amar coisas únicas, como pedras preciosas, faz doer!

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